Transferência

     Todo início de ano é a mesma coisa: ansiedade com as opções de transferência e, do meio até o final do ano, a ansiedade é para saber se realmente saiu e para onde. Mas, o que é de fato a transferência?
     Segundo o R-50 (Regulamento de Movimentação para Oficiais e Praças do Exército), transferência é a modalidade de movimentação, por necessidade do serviço ou por interesse próprio, de um Quadro para outro, entre OM, ou internamente, de uma para outra fração de OM, que se realiza por iniciativa da autoridade competente ou a requerimento do interessado;
      A movimentação tem por objetivos atender a necessidade de serviço, problemas de saúde do militar ou de seus dependentes e atender aos interesses próprios do militar, respeitada a conveniência do serviço.
     Usualmente, a transferência começa com a inscrição em um dos planos de movimentação. De modo geral, os planos que abrem são: Movimentação de ida e  saída para as Organizações Militares Localizadas em Guarnições Especiais; Movimentação de ida e saída para as Organizações Militares Localizadas em Guarnições Comuns; Nomeação e Recondução de Professor, Instrutor e Monitor; Classificação por Exoneração de Professor, Instrutor e Monitor; Classificação por Exoneração de Delegado do Serviço Militar, Chefe de Gabinete de Identificação Regional, Oficial Mobilizador, Chefe de Instrução e Instrutor de Tiro de Guerra; Classificação por Exoneração de Comandante, Chefe ou Diretor de Organização Militar; Classificação por conclusão de cursos; e Nivelamento.
      Os planos são bastante autoexplicativos e, como pode-se inferir, estão diretamente relacionados com a categoria de localidade em que se está ou se quer ir, ou com o cargo ou a função desempenhada ou a se desempenhar. Já o Nivelamento é a transferência mais comum, ou seja, a que não está ligada a nenhuma especificidade. É o caso de estar servindo em uma guarnição comum, sem ocupar algum cargo ou função próprio de plano especial e pretender ser transferido para outra guarnição comum de igual forma.
      No entanto, de acordo com a necessidade e conveniência, há anos em que surgem novos planos de movimentação. Por exemplo, por vezes há o plano de nivelamento com proposta, que é como o nivelamento, mas com a diferença de ter o militar recebido uma proposta para ser transferido para uma determinada guarnição. Outro exemplo é o plano de difícil recompletamento, no qual são selecionadas algumas guarnições com carência de pessoal, tornando mais fácil a transferência para essas localidades das pessoas que pretendem ir para as mesmas.
      Quanto às movimentações mais específicas, seguem os links com maiores informações: Movimentação por Interesse Próprio e Movimentação por Motivo de Saúde. Já quanto à Reconsideração de Ato de Movimentação, cumpre informar que o militar que se sentir prejudicado por ato de movimentação pode interpor pedido de reconsideração de ato dirigido ao Chefe do Departamento-Geral do Pessoal. A anulação ou a retificação de uma movimentação somente pode ser efetuada caso ocorra uma das situações seguintes, a qual deve constar do ato: I - por ordem do Comandante do Exército; II - por absoluta necessidade do serviço; III - por motivo de saúde do militar ou de seu dependente; e IV - por inconveniência ou incompatibilidade de o militar servir na OM ou na guarnição de destino.

Mudança

     Saiu a transferência, começamos a pesquisar sobre nossa nova cidade e, BUM, já tá na hora de se mudar. Sim, o tempo passa voando e, quando menos esperamos, já estamos colocando nossas coisas num caminhão e rumando para o novo lar. Fácil não é, mas podemos tomar certas medidas para transformar esse período de mudança menos estressante.
     Já falamos de aluguel (que é uma das coisas que nos dão muita dor de cabeça) e, agora, falaremos de um dos assuntos que mais nos preocupam: A MUDANÇA.
     Bom, quem já passou por isso sabe bem como é, muito embora cada experiência seja única e o que pode ter dado certo antes não necessariamente dará de novo. Mas, para quem nunca passou por isso, sem dúvidas é aterrorizante. O que você tem que ter em mente na primeira mudança é: já está com a casa montada ou tem móveis que com certeza vai levar? Se sim, continue a acompanhando as dicas que daremos aqui embaixo. Se não, deixe para montar a casa na própria cidade. Mesmo que você vá para um lugar remoto e com poucas opções, não compensa comprar tudo onde está para depois ter que se preocupar em como levar.

     Se você tem poucas coisas para levar, apenas roupas e objetos pequenos, por exemplo, ao invés de contratar um caminhão de mudança, estude a possibilidade de mandar caixas pelos correios (acredite, se forem poucas, compensa bastante) ou por empresas de ônibus (opção mais barata, mas depende da existência desse serviço na cidade). Mandar poucas coisas por transportadora só compensa se tiver um companheiro fazendo o mesmo trajeto e você aproveitar a mudança dele.
     Mesmo quem não está em sua primeira mudança muitas vezes prefere a opção acima para não ter que ficar se preocupando com empresas de transporte. E, para isso, monta a casa em uma cidade e, quando vai embora, vende todos os seus móveis. Isso é bastante comum no meio militar (principalmente em cidades de difícil acesso, uma vez que o transporte fica muito caro), exitem diversos grupos de compra e venda nas mais diversas cidades e, assim que saem as transferências, os negócios se iniciam.
     No entanto, muito não gostam de viver à base de "móveis descartáveis" e, uma vez que investiram em um determinado móvel, não querem se desfazer dele. Nesses casos não tem jeito, temos que procurar uma transportadora.
     Independente de qual for a sua opção, a dica universalmente válida é: procure não encher sua casa de móveis. Um dia podemos estar em um imóvel enorme e, logo em seguida, em um minúsculo onde não caberá tudo. Móveis pequenos e práticos também são uma boa escolha. Quanto menos móveis, menos trabalho na mudança ou na hora de vendê-los.
     Então, aqui vão as dicas para tentar evitar a dor de cabeça: